domingo, 11 de setembro de 2011

A Música no Egito




O marco desta época destaca-se por registros de uma estatueta de dançarina, marca da arte coreografada. Como prova documental musical temos uma placa de xisto esculpida, representando dançarinos da época tocando flauta. Em um relevo mural nota-se harpista, instrumentista de flauta longa e cantores. A música neste período denota um conceito mais "doméstico", que religioso, onde é mostrada as danças executadas para os faraós. Nesta mesma época foram construídas as grandes pirâmides, surgindo assim, a música faraônica, enquanto a sumeriana se aproxima de seu declínio.
Os principais instrumentos do Egito antigo foram: Baint ou Harpa, cítara ou lira, alaúde ou pandora, flauta, trompete, sistro, crótalos, tambores e o órgão hidráulico. 

Note:
Harpa ou Baint: ao longo do Antigo, Médio e Novo Império sofreu alteração de tamanho, e o  número de cordas passou de sete para vinte e dois.
Cítara ou Lira: tocada por um plectro e seu número de cordas vai de cinco a dezoito.
Alaúde ou Pandeiro: único instrumento de braço utilizado no Egito com três ou quatro cordas e era tocado também por um plectro.
Flauta: havia dois tipos, a flauta como conhecemos ou um instrumento de palheta dupla e cilíndrico como a flauta ou cônico como o oboé.
Trompete: curto e de furação cônica.
Sistro: era como a harpa e havia dois tipos, o sakhm (espécie de chocalho refinado) e o saischschit (parecido com o anterior, porém sem os anéis). Hoje, o sistro é classificado como instrumento de percussão.
Crótalos: era utilizado aos pares como as castanholas. Os primeiros foram feitos de madeira, em seguida em marfim e por último, em metal.
Tambores: existiu de madeira, barro cozido, de pele (como o pandeiro) etc.
Órgão Hidráulico: instrumento que apareceu tardiamente no Egito e não é verdadeiramente autóctone. Seu inventor foi um grego de Alexandria.

A iconografia egípcia mostra os músicos ajoelhados diante de seus amos e vestidos como escravos. Uma situação subalterna contrária da Mesopotâmia e na China, onde os músicos eram muito valorizados.

Os elementos estrangeiros à música provocam uma reação, um tanto quanto hostil por parte dos sacerdotes, que ensina às crianças que esta atividade tem uma imagem negativa fazendo com que estas desprezem uma arte exercida pelos “escravos e prostitutas”. O Egito da baixa época é objeto de conquista Líbia, Etíope, Assíria (com infiltrações Jônicas) e Persa. E começa uma longa dominação estrangeira, e mesmo assim, a autonomia cultural do Egito resistiu às influências estrangeiras da baixa época, porém não à hegemonia greco-romana. A conquista da Macedônia provoca o fim da civilização egípcia que não se recuperará antes de nossos dias. 

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