quarta-feira, 14 de março de 2012

O bem e o mal (poesia de cordel)

by Tere Penhabe

São dois senhores distintos,
que se conhecem tão bem
há milênios que se encontram
e  que brigam  por alguém.
Há quem diga que o primeiro 
nada tem de sensual
mas o segundo, se existe, 
é o tal do homem fatal!

Estamos sempre querendo 
com o Bem nos encontrar
mas é o Mal que atravessa, 
nosso caminho mais vezes
porque o Bem é quase sempre, 
um sonho a acalentar
mas o Mal está presente, 
em todos os nossos reveses.

O Bem sempre se comporta, 
e se veste com esmero.
O Mal é uma coisa torta, 
que só leva ao desespero.
Do primeiro nos vem a paz, 
a alegria de viver
No segundo está o segredo, 
de se viver por prazer.

Eles são tão parecidos, 
que muito nos enganamos
Mais de uma vez nós contamos, 
a vida inteira com um
quando menos se espera, 
é o outro que vem chegando
quase sempre o Mal, 
no lugar do Bem ficando.
Ninguém passa por esta vida, 
sem aos dois bem conhecer
porém muitos vão embora, 
sem nem ao menos saber
se foi o Bem ou o Mal 
que em seu coração esteve
passeando em sua alma, 
dormindo na sua rede.

Aos amigos é o Bem, 
que eu desejo apresentar
mas ao estender a mão, 
pode em Mal se transformar
e esse grande segredo 
não há como decifrar
é preciso correr o risco, 
o Bem e o Mal encarar.
Para aqueles que amo, 
o mistério vou desvendar
se quer o Bem conhecer, 
e com ele sempre estar
tenha no rosto um sorriso, 
e não o deixe se apagar
que o Mal jamais convive, 
com um sorriso a brilhar.

Agora vou caminhando, 
com o Bem vou me encontrar
mas se na curva da estrada, 
o Mal me interceptar
eu conto com o seu amor, 
para me fazer voltar
porque só o amor consegue, 
o Mal em Bem transformar.



Tere Penhabe
Itanhaém, 15/01/2004


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