A história da música popular no Japão é rica e variada, por sua grande influência entre os povos. Muitos estilos musicais
foram trazidos da China há mais de mil anos, e foram reformulados de acordo com o estilo da cultura japonesa. Por volta do século V, a
música nativa consistia em poemas recitados (chamados reyei e imayo), os épicos
e as canções sociais (chamados kume uta e saibara). Além destes, também existia
o Kagura (música dos deuses), melodías religiosas do Shintoismo.
Podemos destacar como música social cortesana:
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Roei - Roei significa
literalmente "cantar". Os textos deste tipo de canções foram emprestadas da
poesia chinesa e das coleções japonesas (Wakan Roei Sho e Shinsen Roei Sho). O
repertório consiste em 14 partes, e como no exemplo do Saibara, o Roei tinha
desaparecido por algum tempo. Durante o período de Meiji (1968-1912) estes foram
recuperados e postos outra vez em prática.
MÚSICAS RELIGIOSAS ou
SHINTOISTA
À parte dos estilos vocais e instrumentais mencionados, está a
música ritual usada nos cerimônias dos shintoistas. São categorizadas em quatro
estilos dentro deste grupo:
Kagura - "Música dos deuses". É usado o
termo “Mi-Kagura”, para distinguir o estilo da corte, com os estilos rurais,
conhecidos como Sato-Kagura (Kagura do campo) ou também Okagura. A música e a
dança Kagura são associadas com a religião Sintoísta. É uma mistura dos rituais
da corte e dos velhos rituais xamanistas. Este tipo de cerimônia é comemorada no
santuário da corte e de templos específicos em 15 de dezembro na presença do
Imperador e em algumas outras ocasiões especiais. Antigamente o ritual era
realizado várias vezes ao dia, mas atualmente ficou estipulado às 18 horas como o melhor momento, e com 12 canções acompanhadas e interpretadas. De acordo
com estudiosos da mística japonesa, as melodias do kagura atraem os deuses para
revitalizarem energeticamente a comunidade.
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Colocaram um grande espelho mágico nos galhos da árvore Sakaki,
localizada bem na entrada da caverna, e fizeram com que todos os galos cantassem
incessantemente para parecer que o dia raiava. Depois, acenderam grandes
fogueiras para iluminar o local, providenciaram música e passaram a se divertir
com a dança apresentada pela deusa Uzume. Esta dançava de tal forma, que os
milhares de deuses riram com grande alarido. E riram tanto que o paraíso tremeu,
o que atiçou a curiosidade de Amaterasu. Intrigada com tanta algazarra, a deusa
afastou uma pequena pedra da porta da caverna e perguntou:
- Que festa é essa? O que está acontecendo?
- Estamos comemorando a chegada de uma nova deusa da luz, disse-lhe Uzume.
- Ela brilha mais do que você, acrescentou um outro deus.
Amaterasu não cabia em si de curiosidade e, para procurar a tal deusa, olhava para fora da caverna. Os deuses colocaram o espelho mágico na sua direção e ela viu a beleza radiante do seu próprio reflexo. Estava fascinada e embevecida com tanto esplendor, que nem percebia que os deuses a puxavam cada vez mais para fora da caverna. E foi assim, pelo riso dos deuses e pela maravilha do seu próprio reflexo, que Amaterasu voltou ao mundo, trazendo sua luz radiante e vitalizante e nunca mais deixou de brilhar.
O conjunto que acompanha as canções consiste em: kagurabue (flauta de Kagura), hichiriki (um outro tipo de flauta) e Wagon (conhecido também como o yamato-yamato-koto) que era um ARPA de 6 cordas.
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- Que festa é essa? O que está acontecendo?
- Estamos comemorando a chegada de uma nova deusa da luz, disse-lhe Uzume.
- Ela brilha mais do que você, acrescentou um outro deus.
Amaterasu não cabia em si de curiosidade e, para procurar a tal deusa, olhava para fora da caverna. Os deuses colocaram o espelho mágico na sua direção e ela viu a beleza radiante do seu próprio reflexo. Estava fascinada e embevecida com tanto esplendor, que nem percebia que os deuses a puxavam cada vez mais para fora da caverna. E foi assim, pelo riso dos deuses e pela maravilha do seu próprio reflexo, que Amaterasu voltou ao mundo, trazendo sua luz radiante e vitalizante e nunca mais deixou de brilhar.
O conjunto que acompanha as canções consiste em: kagurabue (flauta de Kagura), hichiriki (um outro tipo de flauta) e Wagon (conhecido também como o yamato-yamato-koto) que era um ARPA de 6 cordas.
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Kume-mai - "dança do clan de Kume" - (um clan de soldados na antiguidade). É acompanhado pelo mesmo conjunto usado em Yamato-mai. Os quatro intérpretes dançando vestem antigos ternos de soldados da corte.
Azuma-asobi - é também um tipo de dança interpretada por quatro ou seis dançarinos vestidos como os soldados da corte da idade média japonesa. Uma representação de Azuma-asobi consiste na música instrumental interpretada para a entrada e a saída dos dançarinos, e em quatro partes vocais curtas, onde apenas o terceiro e quarto incluem danças.
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A música atual de Gagaku representa o tipo de música da
corte no período de Heian até a primeira parte do século IX, que por sua vez
é um tipo de modificação da música Gagaku do período de Nara (séc. VII). Nesse
tempo usava-se cerca de trinta instrumentos, entre os quais estavam o Shakuhachi
(japonês do flauta), o Hachiriki (um Oboe pequeno) e o shoo (um órgão de ar),
com os quais se interpretou partes originais de peças da Coreia, China, India e
Japão.
O Gagaku é composto por Koma-gaku e A -gaku. O Koma-gaku tem suas
origens no século V quando um tipo de música coreana foi introduzida e que
começou a ser conhecida no Japão como "Sankan-gaku", música dos três reinos
(Silla, Paekche e Koguryo), que tinham tido uma influência forte da música
chinesa de sua época. Sankan-gaku começou mais tarde ser conhecida como
Koma-gaku (música coreana ou música de "direito"). Um outro tipo de música
introduzido através da península coreana era oriunda da Manchuria e ficou
conhecida primeiramente como Bokkai-gaku no século VII. Mais tarde passou a ser
um tipo de Koma-gaku.
Por outro lado, a música da Dinastía Tang começou
sua larga influência sobre o Japão desde o séc VII e se estendeu até o início
do séc. XIX. É conhecida no Japão como To-gaku e era considerada uma música de
“esquerda”. Além das músicas mencinadas acima, no séc VIII também foi
introduzido no país um estilo conhecido como Rinyu – gaku ou música do reino
Rinyu (Indochina). Esse tipo de música chegou a fazer parte da música de
“esquerda”.
A classificação entre música de esquerda (Saho) e música de
direita (Uho) se refere à origen das peças do repertório. Saho compreendia
principalmente China e India, e Uho se refería à Corea e algumas peças
da Manchuria. Antigamente no Japão se considerava “esquerdo” superior “direito” e
parece que ese conceito foi o impregado na classificação das músicas. Durante
aquela época a cultura chinesa estava em período de florescimento e obteve
portanto uma maior influência sobre o Japão. No repertório Gagaku também existem
peças compostas no Japão, as quais foram também enquadradas nos conceitos de
direita e esquerda.
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BIWA, o KOTO, SHAKUHACHI e SHAMISEN -Biwa, o koto e o shakuhachi foram importados da China e introduzidos desde cedo no Japão. Por volta do séc VII foram importados os principais instrumentos para a interpretação do Gagaku. O shamisen surgiu na ilha de Okinawa por volta do séc. XVI. A combinação dos intrumentos musicais formariam a essência da música tradicional japonesa.
Biwa – É um instrumento de quatro cordas em forma de pêra. Na música da corte, o Biwa exerce um papel importante como instrumentos de interpretacão do Gagaku. Ainda que seja um instrumento que não se utiliize sozinho, existem informações de que atores-sacerdotes o usaram para acompanhar as histórias que recitavam. No séc. XIII o trabalho mais destacada era o repertório de “Heike Monogatari” – A Lenda (Mitologia) Heike, lendária história da caída do clã militar Tairapelas mãos dos Minamoto.
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Koto – É um instrumento de madeira composto de 13 cordas. Mede entre 1,6 e 2 m de comprimento e cerca de 20 cm de espessura. Em sua origem era um instrumento de 5 cordas, com 1m de comprimento. No período Nara ele adquiriu sua atual configuração. As cordas se tocam com uma espécie de ganchio que se coloca no polegar e nos dois primeiros dedos da mão direita;a mão esquerda exerce papel na modulação do tom das cordas.
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Shakuhachi – é a famosa flauta de bambu,
referência da música tradicional japonesa. Tem quatro saídas de som na parte
anterior e um na parte posterior. Essas cinco saídas são suficientes para
produzir uma gama completa de sons, conhecidos pelo seu caráter comovedor. Ao
final do séc. XVII essa flauta foi adotada pelos sacerdotes do zen-budismo que
estabeleceram a sua interpretação como uma disciplina espiritual.
Samisen – Esse instrumento parece com uma guitarra, com um pescoço comprido e fino, e um corpo pequeno e retangular, coberto com couro. Possui tamanhos variados e possuem 3 cordas que se ajustam da mesma forma que as cordas de um violão. As cordas não se tocam com os dedos descobertos, mas com uma espécie de palheta triangular. Esse intrumento é associado ao teatro kabuki e ao Bunraku do período Edo.
Podemos dividir a música popular japonesa em quatro grupos básicos:
1. canções religiosas e budistas da dança do Bon.
2. canções de trabalho como as da plantação de arroz e dos homens dos botes
3. canções ocasionais para festas, casamentos e enterros.
4. canções infantis.
Samisen – Esse instrumento parece com uma guitarra, com um pescoço comprido e fino, e um corpo pequeno e retangular, coberto com couro. Possui tamanhos variados e possuem 3 cordas que se ajustam da mesma forma que as cordas de um violão. As cordas não se tocam com os dedos descobertos, mas com uma espécie de palheta triangular. Esse intrumento é associado ao teatro kabuki e ao Bunraku do período Edo.
Podemos dividir a música popular japonesa em quatro grupos básicos:
1. canções religiosas e budistas da dança do Bon.
2. canções de trabalho como as da plantação de arroz e dos homens dos botes
3. canções ocasionais para festas, casamentos e enterros.
4. canções infantis.
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