quinta-feira, 28 de maio de 2009

As sinfonias de Beethoven

A música dos grandes mestres sempre foi importante instrumento utilizado nas escolas iniciáticas para elevar a capacidade de percepção. Em musicoterapia não é diferente, e a música de Beethoven, em particular, tem o dom de gerar profundas mudanças na vida de seus ouvintes, através de um diálogo sutil que constantemente se renova. A seguir, uma síntese dos efeitos das principais sinfonias de Beethoven.
*Primeira Sinfonia: estimula a motivação e a auto confiança;
*Segunda Sinfonia: gera grande força de vontade, poder de decisão; pode promover profundas transformações em mentes passivas;
*Terceira Sinfonia: contribui para equilibrar o sistema nervoso; combate a tensão, o pessimismo, a incerteza e o desânimo;
*Quarta Sinfonia: transmite forte carga de sentimentos altruístas; ajuda a eliminar sentimentos negativos como ódio, o egoísmo, o ciúme, a inveja,o desejo de vingança e a luxúria;
*Quinta Sinfonia: estimula a reflexão existencial, levando o ouvinte a pensar em seu processo dialético e na própria vida;
*Sexta Sinfonia: desperta a criatividade; particularmente no plano artístico, estimula a esperança, a auto confiança e a busca de novos caminhos;
*Sétima Sinfonia: propicia a auto análise e consequentemente, amplia o autoconhecimento; permite maior aprofundamento no inconciente e encoraja o caminho da espiritualidade;
*Oitava Sinfonia: eleva o discernimento, abrindo os campos da consciência a formas superiores de ser e de perceber;
*Nona Sinfonia: induz à devoção mística e permite o contato com os estados mais refinados de consciência.
A "Décima Sinfonia": acredita-se nos meios esotéricos, que Beethoven teria composto mais uma sinfonia que nunca publicou. Tal decisão seria devida ao caráter insólito e os efeitos excessivamente intensos e profundos que sua audição poderia provocar, gerando reações inusitadas e sentimentos estranhos em pessoas menos preparadas para o contato com esferas mais sutis da realidade. Assim, a Décima Sinfonia teria sido reservada apenas para alguns discípulos especiais das escolas iniciáticas.
Em contato com a essência universal
Quando alguém ouve uma peça de Beethoven e se identifica com ela, sentindo-se tomado por sentimentos intensos, porém sutis, quase identificáveis, pode-se inferir que nessa pessoa há um aspecto cultivado da alma que ultrapassa os limites comuns do plano mais grosseiro da vida. Este é o poder da música clássica, particularmente a de Beethoven: promover o contato com a essência universal. Quando existe esta identificação, amplia-se o contato com a universalidade, que transforma o ouvinte, tornando-o mais sensível e perceptivo; se, no entanto, não ocorre de imediato nenhuma identificação, o simples ato de ouvir e a atenção interessada podem produzir um efeito próximo da magia: abre-se o campo de percepção à medida que o contato se torna mais frequente. Se as doenças, tensões e neuroses são basicamente causadas pelas pressões da vida superficial, pela busca ansiosa promovida pelo egoísmo, pelos descaminhos marcados por desejos equivocados, enfim, pelos condicionamentos aos falsos valores ditados por uma sociedade massificante, a solução está em transceder, em superar a identificação com esses valores que nos aprisionam, que tolhem nossa verdadeira liberdade de ser. E a música de Beethoven é capaz disso. Ao nos despertar para a sutileza de um mundo sem palvras, mas repleto de significados eternos, ela nos permite o mergulho no absoluto. Não é sem razão que muitos, por temer o desconhecido, preferem o contato aparentemente seguro com a superficialidade, que na verdade perpetua a dor e o sofrimento, retardando a evolução individual e mesmo coletiva.

Um comentário:

Walkyria Semente disse...

Magnífica finalização... Vou ouvir mais Beethoven, obrigada pela ajuda.

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